sábado, 2 de maio de 2009

como dizer para você que se você não me ama mais eu preciso pegar um desses camelos rebeldes e partir também
e que sabe-se lá Deus quantos e quais crimes eu cometi neste deserto
e quantas vezes fui eu também saqueada, quantas vezes fiz chover chorando as mil lágrimas do milagre?
chuva no deserto é crime. ou salvação?
eu espero, eu espero, eu espero. [milênios ou mais]
mas sozinha no imenso deserto eu não posso ficar.
é provável que eu volte para o gelo. para o negro branco gelado. a escuridão clara do inverno.
é provável que tudo o que eu faça na vida seja, ainda e sempre, por e para você. [eu te amo]
um espécie de maldição divina
não se pode conhecer o intocável e sair ilesa.
enterro os mapas na areia.
[como te dizer que essas novas paisagens eu queria contigo?]
sigo caminhando pelo deserto, até...não sei.
só vou depois de você.
até lá, sigo caminhando...sentindo entre os dedos descalços o seu avermelhado, reconhecendo cada grão, desejando que ainda tenha uma chance, desejando você..
[como se ainda fosse]
pássaro azul....




mil abraços, mil fracassos. meu delírio, teus pedaços. teu calor, seja feito teu desejo. seja um beijo, seja como for. quantos braços, mil regaços, mil e uma noites. faz uma outra vez, como se ainda fosse, como é doce, como você fez.
[Chico, Valsa Rancho. enquanto espero...]

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