me dá tua mão que eu sei que é dela que nascem as cores que eu preciso.
rabisca teu traço certo no meu rosto.
desenha tua paisagem nas minhas coxas
e depois pinta de verde-púrpura-carmim
os pássaros, os peixes, o gelo, as raízes e as amoras.
e inventa outras cores para descobrir as tatuagens que tenho em branco.
me dá tua mão que eu preciso logo.
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epílogo
sonhou com o fim do mundo. de novo.
acordou cansada.
não pelo sonho, mas pelo amor.
não cansada, mas magoada, doída.
uma raiva estúpida de si mesma.
cristã, diriam.
na verdade, ontem, ela disse a deus que não aguentaria.
egoísta como de costume.
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Cada dia me surpreendo mais vindo aqui.
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