15/03/09 - 19:14
[chuva]
sinto o cheiro da chuva.
sempre que sinto cheiro de chuva lembro do Sophie.
e que ele deve estar sentindo a chuva vindo (cheirando o ar) como eu nesse momento.
também lembro de Pedras Grandes...
19:31
[Faço paisagens com o que sinto] L. do D.
neste sonho reluzente que tive com você, nos amávamos...
e brincávamos como duas crianças.
sem memórias, sem marcas, sem vestígios de sofrimento.
estávamos no deserto de sal.
sentadas bem no meio de um lago. vendo pontinhos verdes, amarelos, vermelhos e brilhantes. como algas ou pedras ou estrelas escondidas.
não fazia calor e nem frio no deserto.
e aquele lago não estava congelado.
se abríssemos a palma da mão e com ela toda tocássemos a superfície da água, Deus entraria por entre nossos dedos...aquele lago era um imenso espelho do céu.
Deus eu aprendi com você.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluiré nos reflexos que Deus-imagem se mostra. E o lago precisou estar em sonho, e precisou se descongelar, para ser o reflexo arrebatador. A imagem de Deus entrando entre os dedos é linda e a maneira como ela se abre de um close na mãos para um plano aberto do lago (imenso) é tocante e revelador de como ver em verdade é ver o infinito nas pequenas coisas (lembrei do tema da eternidade em Borges).
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