segunda-feira, 16 de março de 2009

15/03/09 - 19:14



[chuva]
sinto o cheiro da chuva.
sempre que sinto cheiro de chuva lembro do Sophie.
e que ele deve estar sentindo a chuva vindo (cheirando o ar) como eu nesse momento.
também lembro de Pedras Grandes...



19:31

[Faço paisagens com o que sinto] L. do D.

neste sonho reluzente que tive com você, nos amávamos...
e brincávamos como duas crianças.

sem memórias, sem marcas, sem vestígios de sofrimento.

estávamos no deserto de sal.

sentadas bem no meio de um lago. vendo pontinhos verdes, amarelos, vermelhos e brilhantes. como algas ou pedras ou estrelas escondidas.

não fazia calor e nem frio no deserto.

e aquele lago não estava congelado.

se abríssemos a palma da mão e com ela toda tocássemos a superfície da água, Deus entraria por entre nossos dedos...aquele lago era um imenso espelho do céu.

Deus eu aprendi com você.

2 comentários:

  1. é nos reflexos que Deus-imagem se mostra. E o lago precisou estar em sonho, e precisou se descongelar, para ser o reflexo arrebatador. A imagem de Deus entrando entre os dedos é linda e a maneira como ela se abre de um close na mãos para um plano aberto do lago (imenso) é tocante e revelador de como ver em verdade é ver o infinito nas pequenas coisas (lembrei do tema da eternidade em Borges).

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